Estou estudando o pensamento de Karl Marx com os meus alunos do Colégio Estadual Herbert de Souza e do Colégio Estadual Olavo Bilac.
A seguir, um poema de Trilussa e um de Bertold Brecht para refletirmos sobre o pensamento do barbudo...
A focinheira
- Sabe que sou fiel e afeiçoado,
dizia o Cão ao Homem, e disposto
a tudo, mesmo a ser sacrificado
cumprindo as suas ordens. Isto posto,
quero falar, agora, com franqueza:
a focinheira põe-me deprimido;
por que não dá-la ao Gato, que é fingido,
apático e traidor por natureza?
O Homem responde: - Mas a focinheira
lembra sempre a existência de um patrão
que te protege e, de qualquer maneira,
é quem te ampara e te garante o pão.
- Já que assim é, o dito por não dito!
corrige o cão, desculpe-me a besteira.
E, desde aí, com ar convicto,
passou a falar bem da focinheira...
Canção da saída
"Se não tens o que comer
como pretendes defender-te?
É preciso transformar
Todo o Estado
Até que tenhas o que comer
E então serás teu próprio convidado.
Quando não houver trabalho para ti
Como terás de defender-te?
É preciso transformar
Todo o Estado
Até que sejas teu próprio empregador.
E então haverá trabalho para ti.
Se riem de tua fraqueza
como prentendes defender-te?
Deves unir-te aos fracos
E marcharem todos unidos.
Então será uma grande força.
E ninguém rirá."
Bertolt Brecht
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