quarta-feira, 29 de setembro de 2010

filme "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças"

Um labirinto de memórias

O importante é jamais esquecer, diz o surpreendente Charlie Kaufman em "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças"

Arrasado ao descobrir que sua namorada, Clementine, pagou a um médico para eliminá-lo das suas lembranças, Joel decide fazer o mesmo. Deitado em sua cama e inconsciente enquanto um técnico localiza suas memórias de Clementine e as apaga, Joel, porém, responde mal ao tratamento. Enquanto cada experiência que passou com a namorada ressurge e é brevemente revivida, há alguma parte dele que permanece alerta e se dá conta de que ele não vai se livrar apenas daquilo que lhe causa dor: os bons momentos estão escoando pelo ralo junto com os momentos ruins - e até esses, afinal, ele gostaria de preservar. Em seu desespero, Joel tenta esconder Clementine em partes do seu cérebro que o técnico não mapeou. Ele a leva para as humilhações da adolescência e para as confusões da infância, correndo com Clementine por entre o labirinto daquilo que ele foi antes de conhecê-la, com o técnico sempre em seu encalço. Quanto mais imaterial a namorada se torna, maior sua certeza de que ele está cometendo um erro terrível: com ou sem Clementine ao seu lado, Joel precisa que ela exista. "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" que estréia nesta sexta-feira no país, tem as marcas de seu roteirista, o Charlie Kaufman de "Quero Ser John Malkovich", "Adaptação" e "Confissões de uma Mente Perigosa" - um protagonista perdido no interior de sua própria cabeça, a ausência de delimitações entre o real e o surreal e, principalmente, o descaso pelas regras comumente aceitas sobre as complicações que a platéia é capaz de acompanhar.

Complicações não faltam em Brilho Eterno, mas a clareza com que Kaufman navega entre elas é testemunho da qualidade de sua escrita. Graças a ela, ao seu senso de humor e às ótimas interpretações de Jim Carrey e Kate Winslet, como o derrotista Joel e a impulsiva Clementine, o filme consegue apelar ao mesmo tempo à inteligência e aos sentimentos, e ser simultaneamente ficção científica e romance. Quanto mais Kaufman avança em seu trabalho, porém, mais seus quebra-cabeças deixam de parecer brincadeiras, e mais se constituem em buscas. Na história deslavadamente romântica que é o pretexto de Brilho Eterno, Joel atravessa toda uma vida de memórias para proteger Clementine da erradicação e ser capaz de se lembrar, ao acordar, de que a amou - e que a amaria de novo. No desenrolar lógico do roteiro, porém, o que de mais importante Joel encontra é a si mesmo, nas mais diferentes versões (e nos lugares e situações mais improváveis, graças ao talento do diretor Michel Gondry para traduzir visualmente os cenários criados pelo roteirista nessa viagem pela memória). Ser, portanto, é lembrar.

Não é difícil enxergar em Brilho Eterno uma espécie de manifesto a favor da autodescoberta tortuosa e dolorosa da psicanálise, e contra a felicidade química amplamente acessível das drogas da geração Prozac. Tirar o fio aos sentimentos e anestesiá-los, defende Kaufman, é tirar também da mente algo de sua capacidade de criar. Não por acaso, o roteirista foi buscar o título de seu filme no poema Eloisa to Abelard, do inglês Alexander Pope (1688-1744) mais especificamente da parte em que Heloísa, lamentando o fim trágico de seu romance com Abelardo, diz que, antes que a alma de um amante recupere sua paz, ela terá de amar, odiar, ressentir-se, arrepender-se e dissimular. Tudo, diz Heloísa, menos esquecer. Joel e Kaufman, com certeza, concordam com ela.
Isabele Buscov - Revista Veja 19/07/2004
http://www.spoiler.blogger.com.br/2004_07_01_archive.html


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Roteiro do trabalho de Filosofia do 3º bi - 3º ano, colégios Herbert de Souza e Carlos Lacerda

- INDIVIDUAL
- Valor: 5 pontos
- Entrega do trabalho:
Herbert - 22/09 (quarta)
Carlos Lacerda - 24/09 (turmas 3002 e 3003) e 29/09 (T. 3001)



- Objetivo:
Produzir um trabalho sobre os temas CORPO/NATUREZA, com base na leitura de nosso texto "Em torno da Natureza" (do livro "Explicando Filosofia com Arte" - Charles Feitosa), nos exercícios feitos e nos debates realizados em sala.



- Passo a passo:
* Pense 2 (duas) letras de música que apresentem visões opostas sobre o tema CORPO (exemplos: uma música sobre corpo X uma música sobre mente/intelecto; uma música sobre corpo X uma música sobre alma/espírito; uma música sobre amor físico X uma música sobre amor espiritual... Leia o item 4 do texto para ter ideias). Transcreva as duas letras no trabalho; e faça uma pequena análise sobre elas (em que sentido elas apresentam visões opostas? Qual é o seu ponto de vista sobre estas letras de música?)

* Pense 2 (dois) filmes que apresentem visões opostas sobre a NATUREZA (exemplos: um filme com foco na vida na natureza X um filme com foco na vida na cidade; um filme sobre a natureza intocada X um filme sobre a natureza degradada... Leia o item 1 do texto para ter ideias). Apresente no trabalho um pequeno resumo sobre cada filme; e faça uma pequena análise sobre eles (em que sentido apresentam visões opostas? Qual é o seu ponto de vista sobre estes filmes?)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

filme "Nós que nos amávamos tanto"


Sinopse

Na primeira parte do filme - (rodada em preto-e-branco) - os amigos Gianni (Gassman), Antonio (Manfredi) e Nicola (Satta Flores) são partisans que fazem parte da Resistência italiana, um movimento pela libertação da Itália do jugo nazista e fascista. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, os três tomam rumos diferentes, voltando a suas regiões de origem: Nicola retorna a Nocera Inferiore (sul da Itália), Antonio a Roma e Gianni a Pavia (norte da Itália).

Mais tarde, Antonio e Gianni apaixonam-se pela jovem Luciana (Sandrelli) e através de seus relacionamentos conta-se a história da Itália do pós-guerra, junto com suas esperanças e decepções.

Gianni, agora advogado-assistente, muda-se para Roma e casa-se com a filha semianalfabeta de um magnata da construção civil, de fama questionável, ex-fascista que pôde obter boas conexões com a corrente democrática cristã que hegemonizou a vida pública - e as licenças de construção - na Itália do pós-Guerra. Sua esposa, ressentida com sua ausência enquanto marido, tentar tornar-se aquilo que ele deseja, mas ao fim morre num acidente de automóvel, o qual talvez tenha sido uma forma elaborada de suicídio. Antonio, técnico em enfermagem num hospital; ao contrário, permaneceu leal aos ideais da juventude, e é agora um fervoroso militante esquerdista. Nicola o mais intelectual dos três, deixa a Nocera e a família e também se muda para Roma. Mais tarde, Nicola participa de um programa de perguntas e respostas apresentado por Mike Buongiorno (ele mesmo): "Lascia o raddoppia" ("Deixa ou dobra"). Após falhar na última pergunta, ele continua sua vida ruim do ponto de vista econômico escrevendo artigos sobre cinema em jornais, tornando-se cada vez mais a caricatura de um intelectual, perdido em polêmicas fúteis.

Três décadas após a época na qual lutaram na Resistência, os três amigos reúnem-se naquele mesmo restaurante que frequentaram na juventude, para uma última vez juntos, comentando o passado com amargura. Mais tarde naquela noite Nicola briga com Antonio por questões ideológicas e Gianni tenta apartar. Depois, vem a surpresa de Antonio: os três vão à entrada de uma escola pública, diante qual Luciana está esperando conseguir uma vaga para o filho menor - Nicola e Gianni surpreendem-se, mas Gianni percebe que perdeu a oportunidade de ser feliz, pois o amor que Luciana tivera por ele se foi e agora ela estava casada com Antonio. Durante a briga Gianni perde sua carteira de motorista e no dia seguinte Antonio, Nicola e Luciana tentam devolvê-la a ele. Veem então a villa na qual ele mora e percebem que apesar do altíssimo padrão de vida levado por Gianni (algo que ele não "confessou" aos amigos na noite anterior) percebem que, tendo de sacrificar seus ideais por aquilo, ele é de longe o menos afortunado deles.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/C'eravamo_tanto_amati

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Roteiro do trabalho de Filosofia do 3º bi - 2ºano, colégios Herbert de Souza e Carlos Lacerda

- INDIVIDUAL
- Valor: 5 pontos
- Entrega do trabalho:
Herbert - 30/09 (quinta)
Carlos Lacerda - 24/09 (T. 2001) e 29/09 (turmas 2002 e 2003)


- Objetivo:
Produzir um trabalho sobre o tema AMOR, com base na leitura de nosso texto "A Força das Paixões" (do livro "Explicando Filosofia com Arte" - Charles Feitosa), nos exercícios feitos e nos debates realizados em sala.



- Passo a passo:
* Pense 2 (duas) letras de música que apresentem visões opostas sobre o amor (exemplos: amor espiritual X amor físico; amor como fonte de felicidade X amor como fonte de infelicidade; amor correspondido X amor não correspondido...) Transcreva as duas letras no trabalho; e faça uma pequena análise sobre elas (em que sentido elas apresentam visões opostas do amor? Qual é o seu ponto de vista sobre estas letras de música?)

* Pense 2 (dois) filmes que apresentem visões opostas sobre o amor (veja exemplos acima). Apresente no trabalho um pequeno resumo sobre cada filme; e faça uma pequena análise sobre eles (em que sentido apresentam visões opostas do amor? Qual é o seu ponto de vista sobre estes filmes?)